quarta-feira, 27 de junho de 2012

Minha vida, minha história, meu amor...


No dia 2 de dezembro de 2007, acompanhei, pasma, o rebaixamento do meu Corinthians à segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Vi uma nação inteira chorar a queda de um time no qual nunca havia deixado de acreditar, mesmo quando o temido rebaixamento parecia inevitável.
Em meio à agonia que tomou conta de mais de 30 milhões de corinthianos, que tomou conta de uma corinthiana que viu o pior momento da história de seu clube acontecer, nasceu em Porto Alegre um grito que chegou em São Paulo e uniu os corinthianos em todo o Brasil. Um grito tornou-se o lema daquele time dali por diante:
EU NUNCA VOU TE ABANDONAR, PORQUE EU TE AMO! EU SOU CORINTHIANS!
Semana passada, 21 de junho de 2012. 4 anos, 6 meses e 19 dias depois. Depois de um Campeonato Brasileiro da Série B com a melhor campanha da história, um vice-campeonato da Copa do Brasil, um Campeonato Paulista invicto, uma Copa do Brasil, um vice-campeonato Paulista e um Campeonato Brasileiro da Série A. Quarta-feira passada, eu vi o meu Corinthians chegar pela primeira vez à final da Copa Libertadores da América.
Vencemos o rebaixamento. Vencemos um Paulista com duas pinturas do maior artilheiro das Copas do Mundo. Vencemos o autoproclamado “campeão de tudo”. Vencemos a perda de um técnico para a Seleção Brasileira. Vencemos o senso-comum de demitir o técnico após uma eliminação traumática. Vencemos a barriga e a cara de pau de um ex-imperador, e por fim vencemos nosso quinto campeonato nacional.
Na última quarta-feira, vencemos o fantasma de um time colombiano que nos assombrava. Vencemos o segundo time de todos os brasileiros, o representante do “futebol-arte” que tanto seduz e fascina em seus lampejos ocasionais. VENCEMOS A MAIOR TORCIDA ORGANIZADA DA HISTÓRIA, QUE SE DEFINE NÃO PELA PAIXÃO POR UM TIME, MAS PELO ÓDIO (E INVEJA, POR QUE NÃO?) CONTRA O MEU TIME.
Mas ainda falta a final, dirão alguns. Eu digo que a vitória foi quarta.
Não desprezo o único título que falta para completar a galeria de troféus do Corinthians, não é isso. Mas a vitória de um time de guerreiros, operários, jogadores medianos, que enfrentaram desconfiança e chacota do Oiapoque ao Chuí, contra o aclamado Barcelona tupiniquim, me faz crer que a dívida que o Corinthians tinha comigo já foi paga. O fracasso de uma eliminação precoce em plena pré-libertadores ano passado, quarta foi compensado com sobras. Estamos quites, e agora só resta a minha torcida incondicional.
Vasco, Santos, e tantos outros já foram. Que venha o Boca! Que venha o Chelsea! Que venham os antis! Que venham todos, e venham com força, porque aqui meu amigo, AQUI É CORINTHIANS!


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